domingo, 26 de dezembro de 2010

Um testemunho histórico da vida do Grupo n.º 9 da A.E.P.

Extracto tirado de “ O Sport de Lisboa”, em 5 de Junho de 1915.Edição do Pata Tenra - Nº 14/2008Artigo do Dr. Jaime Neves.

“ Ninguém, por assim dizer, se interessa por eles, ninguém procura ajudá-los, quase ninguém os conhece. E quando eles passam nas ruas, garbosos, correctos, com a convicção de que são alguém que quer alguma coisa, uma compostura viril no seu rosto de crianças, uma decisão bem vincada nos seus olhos, onde a vida ainda não empanou a limpidez da infância, os transeuntes indiferentes dos altos espíritos preocupados apenas com as frases problemas, da politiquice indigna, olham-nos, vêem-nos, sorriem e têm deles a mesma compreensão que um sabonete tem do sistema Solar! São maduros…
Pois senhores, esses rapazitos tão benevolentemente julgados sem apelação, deram apoio nas horas trágicas da revolução de uma demonstração cabal e gloriosa do que são e do que valem. A madureza que os levou a aprender como se faz uma estafeta, como se despreza o perigo e como se cultiva a coragem, foi uma maneira bem-dita que desabrochou em culminâncias de heroísmo e de bondade.
Passaram da sua obscuridade e edificaram aos olhares pasmados dos lisboetas a sua indomável energia de crianças, afeitas a uma disciplina bem orientada que lhes valoriza o físico e desenvolve o moral, absolutamente identificados com a letra do seu juramento de honra:
- “Ser leal à sua Pátria”.
- “ Auxiliar o próximo em todas as circunstâncias”.
De como eles cumpriram a sua missão, rezam os variados relatos e notícias da imprensa diária.

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